segunda-feira, 12 de maio de 2014

Peniche vezes 3!


Além dos indígenas e do Daniel (Marinheiro Clarim), temos nesta foto 3 amigos de Peniche. Começando pelo Fragata (à direita), são tão raras as fotografias onde ele aparece que tenho que lhe dar o realce que esse facto justifica. Anda desaparecido lá pela costa oeste do Canadá e nada sei dele desde há 4 anos.
Ao seu lado o Clímaco Pereira (Grumete Artilheiro) que no nosso primeiro convívio me confessou estar espantado com as memórias que eu tinha dele e das histórias com ele vividas. Aquela do Tavares Costa lhe apontar a pistola Walter à cabeça e dizer, "ou vais ou morres aqui", foi a que mais o impressionou. Ele nem sonhava que haveria alguém que se lembrasse de tal coisa.
E o último, o Alturas, que é filho da minha escola, vizinho de tarimba durante a recruta (temos números de matrícula sucessivos) e oriundo da Lourinhã, facto que motivou milhentas ocasiões cómicas durante a comissão.

3 comentários:

  1. Nem na brincadeira se deve apontar uma pistola à cabeço dum companheiro de armas. Mesmo sabendo que ela pistola não estava carregada. São coisas do diabo que mesmo sem balas podem disparar...Era a juventude que falava mais alto. Muitas das vezes nem tão pouco pensava o que de mal poderia acontecer. Um soldado do meu pelotão apontou a FN e disparou uma rajada matou um cabo, de seguida apontou para um soldado disparou novamente outra rajada, continuando a matança, apontou para o último sobrevivente, de quatro elementos com ele incluído que faziam serviço de 24 horas ao velho aeroporto de Vila Cabral, tendo disparado outra rajada, cujas balas lhe passaram a poucos centímetros da cabeça. As duas vítimas mortais, estavam deitadas a dormir, nem terão sentido a morte.O sobrevivente, esse estava também deitado, mas acordado, teve sorte naquela trágica noite, mas não teve sorte um ano depois a 31 de Maio de 1965, em Nova Coimbra, uma bala disparada da sua própria arma, mas não por ele, lhe atravessou o coração, tendo sido socorrido de imediato para a Base Naval dos Fuzileiros, em Metangula, onde chegou sem vida. Voltando ao aeroporto, o assassino pensando talvez ter conseguido os seus intentos, terá seguido para o novo aeroporto ainda em construção, onde no dia seguinte foi encontrado sem vida. Ele próprio, com a arma do crime, pôs fim à sua vida com uma rajada que lhe separou a cabeço do tronco. O motivo por que o fez nunca se chegou saber

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  2. A história aqui do amigo Eduardo dá que pensar.

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  3. Não estou a inventar!
    uma história verdadeira
    Foi verdade amigo Valdemar
    não foi não brincadeira!

    Eu que tive sorte,
    estou aqui a relatar
    não tropecei na morte
    a meu lado o vi tombar!

    No aeroporto noite trágica,
    em Nova Coimbra, tarde cinzenta
    com uma arma automática
    morte rápida, não lenta!

    O destino assim o quisera,
    de quem partiu e não voltou
    como todos destruidora guerra
    tantas vidas inocentes ceifou!

    Sorriram os culpados,
    muitas mães choraram
    pelos heróicos soldados
    que lá longe morreram!

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