sábado, 28 de junho de 2014

Agora é para valer!

2014.07.07 - 23.45 Horas
Três dias depois, nada há a acrescentar. Um mail enviado a dezenas de camaradas, uma mensagem no Facebook lida por muita gente e ninguém se acusa, nem sim nem sopas. Só me pergunto se será falta de interesse ou por acharem que ainda é cedo para se comprometerem. Pois para mim está mais que na hora, tenho que tomar a responsabilidade de reservar o local sem fazer a mínima ideia de quantos camaradas vão comparecer no D.Nuno.
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2014.07.04 - 16.45 Horas
Tinha decidido não publicar nada de modo a manter visível esta comunicação por alguns dias, mas assim não consigo pôr o pessoal a par dos acontecimentos. Por essa razão achei melhor fazer disto uma espécie de diário, onde darei conta do andamento das inscrições para o nosso «Convívio 2014».
Hoje mandei o trabalho às urtigas e reservei o dia para fazer uns telefonemas para aqueles que não usam a internet. Recebi alguns "não", alguns "talvez" e, felizmente, também alguns "sim", conforme podem ver na lista ao lado que já aumentou um pouco.
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Como tinha previsto fazer o nosso almoço-convívio em Fátima (embora não tenha ainda feito qualquer reserva), não me parece conveniente fazê-lo no dia 13, dia da peregrinação, por causa da grande confusão habitual nesses dias.
Assim, proponho que mudemos para o dia 14, domingo, a data do nosso convívio 2014. O Ano Escolar começará na semana a seguir e, por conseguinte ainda não haverá nenhum encargo especial com os netos que atrapalhe a vida dos avós. Acresce ainda que na nossa idade todos os dias são sábados, domingos e por aí fora.
Na coluna ao lado podem encontrar uma "Lista de inscrições" em que consta o nome daqueles que, até ao momento, mostraram interesse em estar presentes neste convívio. Conforme vá tendo a confirmação de outras adesões serão acrescentadas à lista, de modo que todos possam ver quem está confirmado e alertar para o caso de eu me esquecer de alguém. Por outro lado conto convosco para convidarem/convencerem/arrastarem convosco outros membros das Companhias que se mostrem renitentes. Lembro ao Páscoa que devia fazer uma visita ao Arlindo Brandão, filho da sua escola, que mora em Soure para o convencer a participar neste convívio, pois nunca o consegui ainda apanhar. E o mesmo vale para todos os da CF8 da zona da Figueira, incluindo o Lúcio.
Ao Eduardo atribuí o número 9999 para saltar para o fim da lista e o ano de 63 que suponho ser o seu ano de incorporação no Exército, mas pode ser mudado se estiver errado.
E de hoje em diante vou começar os contactos, por via telefónica e mail, com aqueles que costumam responder sim nestas ocasiões. A todos os outros que há vários anos dizem não aos meus convites decidi não perder mais tempo com eles, mas se quiserem passar a palavra a algum com quem mantenham contacto, aconselho que o façam.
E agora vou ficar à espera das vossas reacções!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Convívio 2014!

Tinha estabelecido a data de 6 de Setembro para o nosso encontro deste ano. Por impossibilidade do Leiria sou obrigado a mudar essa data para o fim de semana seguinte, 13 ou 14 de Setembro. São poucos os que visitam este blog, mas mesmo assim gostaria de ouvir a vossa opinião.
O convite vale para todo o pessoal da CF2 e da CF8, assim como os amigos bloguistas. E todos somos ainda poucos.

domingo, 22 de junho de 2014

Tinha que ser!


No dia em que Portugal joga o seu futuro na Copa do Mundo, eu tinha que publicar uma foto da selecção da CF2 para estarmos em sintonia. E digo selecção porque podem ver na fila em pé, terceiro a contar da esquerda, o Bustos, o nosso craque. Se alguém na nossa Companhia sabia mexer na bolinha era ele. E se não estou enganado, o primeiro na fila da frente, à esquerda, é o famoso 21, rapaz oriundo de Barcelos, da escola de Março de 1963 que hoje está incapacitado por uma série de tromboses que lhe couberam em sorte. Também ele tratava a bola por tu, segundo diziam os entendidos.
Para o jogo de hoje, frente aos ianques, precisamos de duas coisas, fé e esperança!

terça-feira, 17 de junho de 2014

Falemos de futebol!

Portugal perdeu com a Alemanha na estreia da sua participação no Mundial 2014. Não é nada com que eu já não contasse, pois conheço os alemães de ginjeira. Na minha curta vida como emigrante na Alemanha deixei lá uma filha que hoje tem 43 anos e me disse logo de caras - es tut mir leid, aber ... - que é como quem diz - tenho muita pena, mas ... primeiro está a Alemanha. Não a recrimino por isso, pois eu faria o mesmo se estivesse na pele dela.
Mas estou a desviar-me do assunto, deixem-me lá recuar 50 anos e colocar-me no quartel dos fuzileiros da Machava, por onde passaram alguns milhares de camaradas fuzileiros durante a Guerra Colonial. Lá também se praticava futebol, algumas vezes como disciplina de Educação Física, mas muitas mais pelo prazer de correr atrás da redondinha e mostrar as habilidades que cada um é capaz de fazer com ela.


Tal como aconteceu ontem com as escolhas do Paulo Bento, também esta equipa que aqui vos mostro merece o adjectivo de improvável. Coincidência das coincidências, é a terceira mensagem consecutiva onde marca presença o Manel Ladeira. E ao lado do Daniel aparece aquele a quem eu chamo Bernardino e que, segundo o Ladeira, é o Cabo Xera.
O meu amigo Francisco "Remo" Veiga a guarda-redes agrada-me. O Marciano, o Verde e o Tomé que completam a fila de trás eram outsiders no desporto-rei. O telegrafista Suzano, o Barbosa, o Barbeiro e o Perua completam a fila iniciada pelo Ladeira, do lado esquerdo.
Com excepção do Daniel todos continuam ainda neste mundo de Deus, embora com menos apetência para correr atrás da bola do que no dia em que posaram para esta fotografia.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Barbas e barbichas!


Retomando o tema da mensagem anterior, publico aqui uma foto cedida pelo malogrado Budens que já não se encontra entre nós e onde se podem ver as barbas cultivadas em Metangula e regadas com a água do lago Niassa. Não reconheço o lugar onde foi tirada a fotografia, mas quase de certeza, pelo carro e pela casa que se vê ao fundo, foi feita após o regresso à civilização.
O Ladeira, ao centro, talvez não tenha esta foto e assim pago-lhe a gentileza de me ter enviado aquelas que publiquei há dias. De histórias se faz a História e estes 3 barbudos ao terem pertencido à CF2 e participado na Guerra Colonial escreveram um capítulo dessa mesma História. E a mim apraz-me ser quem aqui, no blog da Companhia de Fuzileiros Nº 2, faz o respectivo registo para a posteridade. 

domingo, 8 de junho de 2014

Lembras-te?

Há certas memórias que se varrem completamente da nossa cabeça e não há como restaurá-las. Na CF2 eu pertencia à 2ª Secção do 2º Pelotão. O comandante do Pelotão era o Tenente Cruz Mendes, na foto aqui ao lado, e o chefe da Secção era o Cabo Manuel Matias. O Miguel e o Piaça eram os Chefes de Esquadra da minha Secção e por aí se quedam as minhas memórias. Não tenho a mínima ideia de quem era o sargento que chefiava o pelotão, nem os Cabos das outras duas Secções.
Isto não me parece normal, mas tem uma explicação. Passei quarenta e tal anos zangado com a Marinha, sem querer lembrar-me de um tempo que não me fez muito feliz. E depois de começar os convívios com os camaradas que se mostraram abertos a fazê-lo, nunca as nossas conversas entraram por esse caminho. Bastaria uma fotografia, um relato de uma ocorrência marcante, ou até uma situação caricata vivida em conjunto para ressuscitar as memórias que teimam em manter-se no limbo.
E por mais estranho que isso possa parecer, entre muitas centenas de fotografias que chegaram às minhas mãos nunca aparece a cara de qualquer sargento ou oficial. Isso acaba por provar a diferenciação de classes que havia na Briosa, em que a "grumetada" não lidava muito bem com divisas e galões, pois era daí que lhe vinham os problemas. E "eles", por uma questão de disciplina não gostavam nem admitiam misturas com os seus inferiores. Latente estava sempre o aviso - cuidado ou vais para o livro!
Espero que algum dos comentadores, com a memória mais fresca que a minha, apareça para fazer jorrar uma nesga de luz nesta escuridão das minhas recordações de há 50 anos.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Escala de prioridades!

Com 20 anos de idade e a viver numa cidade linda como Lourenço Marques não me podem acusar de ter andado distraído e ligado pouco (ou nada) à evolução da questão da guerra de libertação que a Frelimo vinha preparando. Digo isto porque não tenho grandes memórias do envio de pessoal da Companhia 2 para o Lago Niassa. Só em tempos recentes, depois de começarmos os convívios do pessoal da CF2, é que a minha atenção foi chamada para esse facto, pois na minha cabeça só tinha ido para Metangula um pelotão de fuzileiros depois do ataque da Frelimo à Castor, na noite de 24 para 25 de Setembro.
Começou o Leiria por me dizer que esteve lá por duas vezes, uma comigo e outra antes disso com o Tenente Abecassis, o qual protagonizou um autêntico filme que acabou por fazê-lo regressar a Lisboa e depois abandonar a Marinha. E depois o Jordão que referia a história do Cascalho que na Beira, quando regressava de Metangula, armou uma encrenca de todo o tamanho que levou ao seu regresso a Lisboa sob prisão. E, por último, o Manel Ladeira que até as fotografias daqueles que o acompanharam me enviou para reforçar aquilo que conta.
A Base Naval tinha acabado de ser construída e o Comandante Zilhão precisava de toda a mão-de-obra possível para fazer os arranjos que são obrigatórios nestas circunstâncias. Foi para dar resposta ao seu pedido que o Comando Naval decidiu enviar uma Secção de Fuzileiros, suponho que no início do ano de 1964. Pelo que consegui saber, o tempo de estadia era de 3 meses, findo o qual havia lugar à rendição num sistema rotativo.









Era costume a malta deixar crescer a barba logo que se apanhava longe da disciplina imposta pelo comando da Unidade e a ida para Metangula oferecia essa possibilidade de mão beijada. Por essa razão este grupinho que aqui vêem parece a troupe do «Tango dos Barbudos».
O Barbosa, o Chaveiro e o Zé Daniel eram, habitualmente, Chefes de Esquadra e numa Secção só havia lugar para dois. E a comandar o grupo devia haver um Cabo ou Sargento. Tenho a certeza que o Ladeira vai aqui deixar um comentário para esclarecer estas minhas dúvidas.
Estes movimentos de Lourenço Marques para uma zona de guerra não foram registados nas nossas Cadernetas Militares e, no meu caso pessoal, fiquei prejudicado no cálculo do tempo para efeitos de reforma e até do famoso subsídio atribuído aos ex-combatentes, conhecido por "Subsídio do Portas". Foram quatro meses que ali passámos, em tempo de guerra, e numa zona de 100%. Será que ainda vale a pena ir lá reclamar para me recalcularem a reforma? Com tantos cortes, uns euritos a mais davam jeito!