domingo, 31 de maio de 2015

Levem-me de volta para a ilha!

A referência às calças de alçapão que fiz no post de ontem no «Cantinho» fez-me recordar uma das primeiras experiências vividas na Marinha. Tinha eu apenas 19 anos quando fiz o meu baptismo de mar, embarcado no NRP Bartolomeu Dias, na costa de Moçambique. Primeira paragem em Inhambane e depois rumando à Ilha de Moçambique. Na Ilha era obrigatória uma curta viagem de riquexó e um passeio de bicicleta por entre palhotas e coqueiros.
Fiz isso tudo e muito mais e no fim do dia, antes de regressar a bordo, houve uma reunião num boteco qualquer onde se juntaram fuzileiros e marujos, jovens inexperientes, como eu, e velhos Cabos Manobras, Fogueiros e Artilheiros que tinham viajado à volta do mundo e a escola toda. Acabamos a lavar as mãos com bagaço, para prevenir alguma inesperada doença de pele apanhada nos contactos com as indígenas e a entornar algum pela goela abaixo para desinfectar o circuito completo desde a boca até à ponta da gaita. Enfim, coisas de velhos marujos para se divertirem à custa dos principiantes e que acabou numa grande e geral bebedeira.
Foi nesse dia que ouvi pela primeira vez contar a razão porque as calças de marujo tinham aquele formato esquisito, mas sinceramente já não me lembro de como acabou essa conversa. Já se passaram muitos anos e a maior parte deles a pensar em coisas que nada tinham a ver com o mar e os marinheiros. Mas pode ser que passe por aqui alguém que conheça a resposta e a deixe aqui a título de comentário.
E assim se acaba o mês de Maio!
E o Sporting, finalmente, ganhou um título!

terça-feira, 26 de maio de 2015

Alguém pode dar notícias?

O nosso «Marinheiro Manobra» desapareceu sem deixar rasto. A última vez que perguntei por ele disseram-me que o filho o tinha metido num lar, pois já não tinha condições para viver sozinho, no Barreiro, onde ele tinha residência.
Se não estou enganado, esse filho mora no Lavradio, próximo de onde moram o Alves e o Gonçalves. Eles seriam as pessoas ideais para me darem notícias, muito embora tenha ouvido dizer que o Alves estava a pensar em mudar-se para a sua terra natal, em Melgaço e o Gonçalves depois de ficar viúvo bem pode também regressar ao seu Alentejo.
Enfim, fico à espera que alguma alma caridosa se lembre que isto é a nossa única ligação com os velhos camaradas e toda a informação disponível deve ser canalizada para aqui.
Na Marinha a antiguidade é um posto e o nosso «Gomes» era o segundo mais velho da Companhia, depois do sargento L que ainda vive no Feijó.