segunda-feira, 23 de março de 2015

Marinheiros, mas pouco!

Há ainda muitas histórias por contar acerca da Companhia de Fuzileiros Nº 2. Desde 2008 que me dedico a publicar pequenos trechos  dessa história, de modo a garantir que alguma coisa perdurará para além da minha própria vida, mas muita coisa ficou e ficará, com toda a certeza, por contar. Primeiro, porque alguém teria que puxar pelo assunto se eu próprio não me recordar e segundo, porque há coisas que não constam das minhas memórias e necessitaria da ajuda de terceiros para que isso pudesse passar à prática.
Na falta de uma e outra coisa, costumo recorrer ao meu álbum de fotografias para me refrescar as memórias e servir de fonte de inspiração. Hoje, parei na página referente ao Baltazar (segundo a contar da esquerda) que usava ainda as divisas de Marinheiro, mas seria promovido a Cabo pouco depois de se deixar fotografar, o que lhe valeu o regresso à Metrópole, um ano antes de a nossa comissão terminar, para frequentar o Curso de sargentos.


Além do Baltazar que está reformado como 1º Tenente, nenhum outro seguiu a carreira militar. Sei apenas que o Verde (que aparece à direita de caneca ao ombro) chegou a Cabo, posto que atingiu durante a comissão da CF9, na Guiné, mas abandonaria também a Marinha pouco tempo depois do regresso à Metrópole. O Arlindo (ao lado do Verde) foi destacado para Moçambique e por lá ficou na vida civil depois de acabar a comissão.
Todos os outros, acredito eu, abandonaram a Marinha depois dos 4 anos de serviço a que se tinham obrigado e regressaram à sua vida anterior que a tropa e a Guerra do Ultramar tinham interrompido. São todos vivos e não padecem de doença específica, a não ser o desgaste próprio de quem já disse adeus aos 70 há alguns anos.