quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Adeus Puto!


Tomei ontem conhecimento, mas por ser dia de festa não quis estragá-lo com más notícias e guardei a notícia para hoje. Nos telefonemas trocados entre os camaradas da CF2 para os habituais votos de Boas Festas descobriu-se que o António dos Santos Ascenso (15562 / 7260), conhecido entre nós pela alcunha de «Puto», já não pertence ao mundo dos vivos.
Enviei-lhe, como é hábito, o convite para se juntar a nós no convívio anual realizado em Fátima, em meados de Setembro, mas não recebi qualquer confirmação da parte dele. Se tivesse aparecido seria a última vez que o veríamos, pois faleceu logo no mês seguinte. Pelas notícias que chegaram até mim, parece ter sofrido um AVC que o deixou em muito mau estado e faleceu cerca de quinze dias depois.
À família e amigos mais chegados deixo aqui os meus mais sentidos pêsames e que a sua alma encontre a paz na vida eterna. E um até breve, até ao dia em que a CF2 esteja toda completa do outro lado para se apresentar em formatura.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Boas Festas!


Para todos os camaradas da Companhia de Fuzileiros Nº 2 que me acompanharam na comissão em Moçambique, entre Outubro de 1962 e Abril de 1965, desejo um FELIZ NATAL e um PRÓSPERO ANO NOVO!
Que o Menino Jesus nos traga muitas coisas boas, em especial muita saúde que é o bem que mais falta nos faz!

domingo, 7 de dezembro de 2014

O caminho da Frelimo!


Coincidência ou talvez não, todas as operações que fiz nos tempos da CF8 foram nos territórios a sul de Metangula, enquanto que nos tempos da CF2 foram todas a norte, inclusivamente penetrando para lá da fronteira do velho Tanganika.
A ponte que se vê na imagem é, na actualidade, um dos postos de fronteira mais utilizados entre Moçambique e a Tanzânia, nas proximidades de Olivença, povoação que supostamente a minha secção, comandada pelo Tenente Tavares Costa, deveria livrar de um cerco que a Frelimo levava a cabo há mais de 24 horas, nos primeiros dias da Guerra de Libertação.
Dos campos de treino até à zona de Lichinga e todo o Niassa interior era este o caminho de penetração dos chamados «Turras». Marrupa, Mavago ou Mecula, assim como outras localidades na mesma zona receberam batalhões de soldados portugueses de todas as especialidades para tentar controlar essa linha de penetração do inimigo, durante os anos que durou a guerra.
Felizmente a mim calhou uma missão mais fácil de aguentar e vim-me embora muito antes de a guerra entrar na fase mais complicada. Ficou apenas aquela operação de socorro (que acabaria por ser um autêntico fracasso) como única recordação da guerra na fronteira norte de Moçambique.