terça-feira, 13 de setembro de 2016

Estou farto!

Pois é, estou farto de puxar a carroça sozinho! Burro sim, mas nem tanto!
Olhando para os comentários que mereceu a notícia do falecimento do nosso querido Sargento Vitorino, está visto que não tenho ninguém que me acompanhe para tentar manter isto vivo e com algum interesse. Ainda passei a notícia para o Facebook, para ter a certeza que ela chegava até onde eu queria, mas nem assim despertei a veia comentadora dos meus camaradas de comissão.
Assim sendo, vou manter este blog reservado para duas finalidades apenas. A primeira será publicar as notícias e fotografias dos convívios anuais, se eles continuarem a acontecer. A segunda será publicar as notícias do falecimento dos nossos camaradas.
Está dito. Quem tiver saudades minhas ou saber se ainda respiro, vá espreitar ao seguinte endereço aqui. http://nma-16429.blogspot.pt/

domingo, 21 de agosto de 2016

Adeus, sargento Vitorino!


Não sou a pessoa mais indicada para tecer o elogio fúnebre a este nosso camarada que escolheu o mês de Agosto, do ano em que completou os 88 anos, para nos abandonar partindo para o lugar de onde ninguém regressa. Na recruta não o conhecia ainda, na CF2 não era o chefe do meu pelotão e depois de regressarmos a casa, em 1965, nunca mais me cruzei com ele.
Foram os convívios que eu comecei a organizar em 2008 que o trouxeram de novo até mim. Neste último que realizamos em Vila Real, ele já não pode estar presente, porque o seu estado de saúde já era periclitante, mas ainda no ano passado, em Fátima, fez questão de aparecer acompanhado pela sua filha Conceição.
Ele era de longe o mais querido e respeitado sargento da nossa Companhia e com esta simples afirmação termino o meu elogio, sabendo que os visitantes que por aqui passarem acrescentarão algo mais às minhas palavras de despedida.
Que descanse em paz e Deus lhe reserve um bom lugar!


sábado, 20 de agosto de 2016

Acontecem muitas coisas em 8 anos!

Foto tirada na Quinta do Moinho - Alvados, no dia 13 de Setembro de 2008.


Muita coisa aconteceu desde então até ao dia de hoje. Para começar, o Ramiro enfiou dois balázios na muchacha que aqui está sentada ao seu lado e não a matou por puro acaso. Na sequência cronológica dos acontecimentos, o Salsicha (aqui acompanhado pela sua filha de ascendência indiana) é acometido por um tumor maligno na próstata que lhe tira a vida. E, pouco antes do Natal de 2015, o Ramiro morre, depois de ter resistido dez anos a intensos tratamentos de quimioterapia, contrariando todas as previsões médicas que lhe tinham dado dois anos de vida, depois de detectado o tumor maligno, não operável, na próstata.
Da loira, namorada ocasional do Ramiro, nunca mais ouvi falar.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Os «Reforços» de 64!


No início do ano de 1964, em Março se bem me recordo, chegaram à Radionaval da Machava 9 grumetes para substituir os Cabos que tinham regressado para ingressar no Curso de Sargentos. Esta foto foi-me cedida por um deles e quase todos aparecem na mesma. Desafio os mais curiosos a tentar identificá-los. Digo-vos apenas que quem me cedeu a foto foi o Ruço que aparece do lado esquerdo, deitado e de G3 em punho.

domingo, 31 de julho de 2016

Recapitulando!

Ernesto (CF9), Baía, Marinho e Licínio

Ladeira e Verde, os dois da direita

Braulio e Marinho

Alguns destes convivas são transmontanos e não teriam participado se o convívio fosse realizado lá mais para o sul do país. Como não penso em repetir a experiência, o mais certo é nunca mais os ver.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Um mês depois!

O tempo passa tão depressa que nem damos por ele. Já lá vai mais de um mês, depois do nosso convívio deste ano. Meti as fotos todas no Facebook e quase nada nos blogs, pois cada vez são menos os visitantes que por aqui passam. Mesmo assim, aqui ficam algumas para provar que isto ainda mexe.

Verde, Ladeira e Marinho

Garcia e Brandão com o Jorge Martins (FE)

Rafael e Licínio

Guilherme, Garcia e Brandão.

Este ano, como não houve fotógrafo oficial, as fotos não são grande coisa, mas vale a intenção e isso é o que conta.

terça-feira, 12 de julho de 2016

A debandada continua!


A vida não dura para sempre! Isto é uma dura realidade a que não conseguimos escapar por muito que tentemos. E digo isto porque recebi a comunicação que ontem foi a enterrar mais um camarada da nossa CF2, o Amadeu Santos (16524) por alcunha o Toucinho.
O facto de ele nunca ter querido participar nos nossos convívios não invalida que eu lhe preste esta última homenagem, participando aos poucos camaradas que visitam este espaço a sua inesperada partida. Pelo que soube, ele foi internado no hospital, há pouco mais de uma semana e faleceu um tanto ou quanto inesperadamente. Disseram-me que lhe foi diagnosticado um tumor maligno nos pulmões, mas não posso considerar esta informação fidedigna, embora isso pouco importe para o caso.
Os meus pêsames à família e que descanse em paz.


segunda-feira, 20 de junho de 2016

Poucos mas bons!



Como se pode ver pela fotografia, não houve muita gente disponível para viajar até Vila Real, mas aqueles que deram as caras valem por todos. O Rafael e o Baía estavam lá fora na conversa e não se apresentaram para a foto de família. Assim ficamos com somente 13 Fuzos da CF2, mas como eu não sou supersticioso não ligo muito ao número do azar.
E depois, o pessoal da CF8 (Moçambique) e CF9 (Guiné) que se juntaram a nós compuseram um grupo de 29 escolinhas e suas famílias, a que se juntaram ainda dois convidados especiais, o Jorge Martins (filho da minha escola que mora ali por perto e quis aproveitar a ocasião para ver os amigos) e ainda o Eduardo Nunes, meu grande amigo e digníssimo representante do Exército Português que me acompanha sempre nos nossos convívios.
Aproveito para recordar que desde o convívio do ano passado, em Setembro de 2015, faleceram 6 membros desta nossa Unidade, o Sargento Dias, o Ferreiro, o Marreco, o Enteiriço, o Ramiro e o Miguel. E em Julho de 2015 tinha já falecido o Luís Vieira. A Lei da Vida dita que a cada ano que passa seremos cada vez menos e não vale a pena refilar, pois ninguém nos dará ouvidos.

domingo, 19 de junho de 2016

Fotos do convívio de Vila Real!

Mais tarde e com tempo, publicarei algumas fotografias com os comentários que se justifiquem. Entretanto e para poupar trabalho, publiquei 87 fotografias no Facebook a que todos que navegam nessas águas têm livre acesso.
Já houve quem se queixasse que só consegue ver parte das fotos. Se isso vos acontecer, entrem em contacto comigo que eu envio por mail as que faltarem.
Um abraço a todos (incluindo os que não puderam ir a Vila Real).


Nota importante:
Quem não tiver acesso à minha cronologia no Facebook deve enviar um pedido de amizade para «Carlos Manuel Silva» que eu abro-lhe o caminho.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Hora do relax!

Em 1963 era assim:


Meter os pés debaixo da mesa é uma expressão que significa, em primeira análise, comer e beber. Pois é exactamente isso que os resistentes da CF2 vão fazer amanhã, em mais um convívio anual, como vem acontecendo desde 2008. E os dois "artistas" que aparecem na imagem prometeram-me que nada os faria faltar ao encontro. Por isso, vou tentar não esquecer de os juntar de novo numa imagem para aqui publicar na próxima semana. Só para verem a diferença dos 53 anos que entretanto se passaram.
Em 2016 é como se pode ver aqui:


O único comentário que estas imagens me merecem é que é muito bom estar aqui, 53 anos depois, para poder fazer a comparação!!!

domingo, 12 de junho de 2016

Fuzos do norte!

Salvador, Twist, Bonanza, Marlon e Ruço

Nomes, números ou alcunhas, qual deles será mais aconselhável usar para nos lembrarmos deles? Trouxe aqui esta foto por uma razão especial, nenhum deles vai estar no nosso convívio no próximo sábado. Dois deles a morar no estrangeiro (Twist na Suíça e Marlon na Espanha) e os outros três com limitações de vária ordem, a começar pela saúde e acabar nas finanças.
O Marlon nasceu na margem esquerda do rio Douro (numa freguesia de S. João da Pesqueira) e todos os outros a norte desse mesmo rio (Porto, Valongo, Póvoa e Valpaços). O Salvador e o Marlon, filhos da minha escola, Março de 62, enquanto que os outros eram de Março de 63, um ano mais marretas.
Não podem ir ao convívio? Paciência! Desde que os mantenhamos vivos na nossa memória, vale o mesmo! 

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Para quem ainda não sabe!

Como houve um lapso, na minha comunicação anterior, deixo aqui um último aviso a todos os filhos da escola (fuzileiros ou não) que vivam no distrito de Vila Real, ou que tenham prestado serviço nas Companhias de Fuzileiros Nº 2, Nº 8 e Nº 9, que vai realizar-se no dia 18 deste mês de Junho, em Vila Real, um convívio a que poderão juntar-se, se estiverem interessados.
Para tanto podem deixar aqui um recado ou entrarem em contacto comigo, através do Tlm 911 967 796.
O preço por pessoa é de 27.50€
Tenho dito!

domingo, 5 de junho de 2016

A matança!

No último trimestre do ano de 1964, havia cerca de 50 pessoas na Base Naval de Metangula. O comandante e a sua família, mais a criada e o marido (o tão falado Neves), a equipa de comunicações, a tripulação da Castor, o Cabo do Mar e o seu adjunto, o fogueiro, o cozinheiro e, para terminar, um pelotão de fuzileiros. Espero não ter esquecido ninguém, mas não garanto que a memória não é de elástico.
O cozinheiro era um negro cabeçudo a quem tínhamos posto a alcunha de «cabeça de morteiro». Tinha uma mão para o tempero que não vos digo nada. Na inauguração do nosso forno que era operado pelo Salvador e pelo Enteiriço (recentemente falecido), assou um cabrito inteiro que foi a coisa mais gostosa que comi na minha vida.
Um certo dia, na formatura de serviços, fui destacado para a cozinha. A ementa do almoço era frango assado no forno. O cozinheiro entregou-me um daqueles cutelos usados na cozinha e apontou para uma grade de madeira, em que cacarejavam cerca de 20 frangos. Tinha sido eu o escolhido para cortar o pescoço àquela frangalhada toda. Sem problema, disse eu, e usando um cepo de madeira que existia fora da porta da cozinha, fui-me a eles e em três tempos estava tudo sem cabeça. Do portão de entrada até ao ring de patinagem, havia frangos por todo o lado, aos saltos e sem cabeça.


Depois veio a parte mais chata. Era preciso depenar os vinte pitos que o cozinheiro tinha que temperar e meter no forno. A rapaziada que vêem na imagem foi quem se encarregou da tarefa e eu, como não apareço na imagem, devo ter sido escolhido para descascar as batatas. Alguém tinha que o fazer e melhor isso que depenar frangos.
Lá atrás, o Cabo do Mar, aprecia o trabalho dos fuzileiros. Em primeiro plano, reconheço o Albertino, o Lousa, o Rafael e o Paixão. Os outros não consigo identificar.
Cada fotografia conta uma história e aqui fica a história desta que aqui vos deixo, com uma palavra de agradecimento ao Paulo Cerdeiral (filho do Albertino) que fez o favor de ma dispensar.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

História de um emblema!

Zé Pintado
Rotunda do Pau de Bandeira
Estação Radio-Naval da Machava
Moçambique
Às vezes pergunto-me se ainda estará lá, no sítio onde o deixámos!
O emblema dos fuzileiros que vêem na imagem foi feito pelos primeiros fuzileiros, da primeira Companhia que prestou serviço naquela colónia, no longínquo ano de 1962. Já se falava em terrorismo, mas não havia nada disso e muito menos na capital.
O comandante deu ordem para se fazer um pau de bandeira, onde se pudesse içar o símbolo da nossa pátria, para provar que estávamos em terra nossa, e foi o Xabregas o escolhido para executar o trabalho. Serralheiro de profissão deslocou-se para as oficinas da Capitania do Porto, por ordem do Comando Naval, e lá preparou o mastro, de acordo com as ordens recebidas.
Aproveitando o ensejo de ter à sua disposição materiais e ferramentas que lho permitiam fazer, desenhou e recortou, em chapa de ferro, as duas armas cruzadas e a âncora que formam o emblema dos fuzileiros.
Os dois grumetes da CF2 que desempenhavam a actividade de pedreiro eram o F. Jordão (16316) e o Guilherme (16341) e coube-lhes a tarefa de pôr de pé o «Pau de Bandeira», implantado numa poita de betão e, para embelezar o local, incrustaram numa placa de betão o emblema trazido pelo Xabregas, pintaram-no a preceito e ali o expuseram, tal como se vê na imagem e muitos se lembrarão ainda. 

quinta-feira, 19 de maio de 2016

A comunicação!

Camaradas e amigos:
Como já sabem, o encontro deste ano é em Vila Real de Trás-os-Montes para dar hipótese a toda a gente de poder conhecer o «Túnel do Marão» por dentro. O lugar é um bocado complicado de encontrar, por se tratar de uma casa particular, mas com o sentido de orientação dos fuzileiros e uma pequena ajuda minha, sei que todos lá chegarão a tempo e horas.
Pouco depois do meio dia serão servidas as «Entradas» e mais ou menos uma hora depois o «Almoço» que constará de sopa, dois pratos, sobremesa e café, com bebidas à discrição. Como sempre, antes da despedida, haverá o bolo comemorativo.
O preço mantém os habituais 27.50€ para adultos e 12.50€ para crianças. Embora compreenda a reclamação de alguns, foi impossível arranjar melhor preço.
Embora sabendo que há sempre uma meia dúzia que não consigo convencer, mais uma vez repito o pedido para que façam o pagamento por transferência via “Multibanco” (para o IBAN PT50.0018.0234.00200028632.23) para me evitar o trabalho de andar armado em cobrador no dia da festa. Peço encarecidamente que compreendam e atendam este meu pedido. Para aqueles que não usam este meio de pagamento, podem remeter um cheque ou vale postal para a minha morada e em nome da minha mulher (Maria Emília Silva), pois é a conta com menos movimentos e mais fácil de conferir.
O ponto de referência, para mais fácil localização do sítio do convívio, é a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) que aparece em tudo o que é rotunda, á entrada de Vila Real.
Para quem vem do sul, pela A24 (Coimbra-Viseu-Vila Real), sai em direcção a Vila Real no cruzamento com a A4. Para quem sobe do Porto, sai para Vila Real depois de passar o Túnel e a ponte sobre o rio Corgo. Depois de passarem por duas ou três rotundas, sempre a descer, chegarão à grande rotunda que fica em frente à UTAD. E daí até ao local que fica na Quinta da Veiga, Lote 1, ou Rua de N. Senhora dos Prazeres, Nº 1 é um instantinho.
Vejam o esquema abaixo. Seguir o trajecto entre o Ponto 1 (Rotunda da Universidade) e o Ponto 4 que marca o local do salão de festas.


quarta-feira, 4 de maio de 2016

À bulha com as tecnologias!

O Guilherme (16341) telefonou-me, ontem, comunicando que está a adaptar-se a trabalhar com o computador e começou a dar uma vista de olhos aqui pelos meus blogs. É uma boa notícia, pois assim terei mais facilidade em contactar com ele e enviar-lhe os meus recados.
Em conversa, disse-me que havia uma série de fotografias de filhos da nossa escola e membros da CF2, tiradas na Festa de Natal do ano passado, pelo Mário Manso, o que me fez ir a correr ao Facebook procurá-las. Elas são às centenas, mas escolhi meia dúzia que mostram as caras que me interessam, das quais deixo aqui estas cinco.

Elvas I, Elvas II e Braulio

Elvas II, Alturas, Guilherme, Vitorino e Monteiro

Os anteriores e mais o CMT Lhano Preto e o Cardetas

E ainda o Edgar, António Augusto e Américo

Os dois mais à direita não fazem parte, mas
quiseram ficar na foto.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

A doença acabou por vencer!

Infelizmente, as minhas suspeitas confirmaram-se. Consegui que um amigo que reside na mesma cidade que o Ramiro o fosse procurar e ficou a saber que ele já faleceu há cerca de 6 meses. A profecia do médico demorou a cumprir-se, mas acabou por acontecer.
Desde que ele se mudou de Bragança para Chaves, nunca mais estive com ele. Nas inúmeras viagens que fiz com o meu irmão por terras transmontanas, passei duas ou três vezes por Chaves, mas nunca se proporcionou um encontro, por incompatibilidade de horários. O trabalho estava sempre em primeiro lugar e não me cabia a mim furar as regras.
Por outro lado, foram tantos os anos a falar da doença e na impossibilidade da cura que eu já estava psicologicamente preparado para este desenlace.
Que a terra lhe seja leve!

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Rebocador precisa-se!


Nesta altura em que estou envolvido com a organização do convívio deste ano de 2016, nada melhor do que trazer aqui esta fotografia para mostrar todos aqueles que não viajarão até Vila Real no próximo dia 18 de Junho. De todos os que consigo identificar, só o Rafael (primeiro em pé do lado esquerdo da imagem) me confirmou que pretende estar presente. De resto, talvez o Baía (sentado e meio escondido ao centro da imagem) que mora em Montalegre me faça o gosto de aparecer, uma vez que este convívio foi planeado em Vila Real por causa dele e de outros transmontanos como ele  que sempre se desculpam com a distância para não aparecerem.
O Artur Teixeira (por alcunha o Twist) que podem ver à esquerda com um joelho em terra, vive na Suíça, mas deu-me a entender que talvez venha a Portugal durante o mês de Junho, se a saúde o permitir. Isto porque ainda está pior que eu no que respeita à falta de mobilidade. Parece-me que já não conduz, mas pode ser que algum dos seus filhos lhe possa servir de condutor.
A ver vamos!

sábado, 16 de abril de 2016

O Ramiro!

Daquilo que mais me lembro é do Ramiro dormir em cima de uma tábua, por causa das dores na coluna. Nunca cheguei a perceber se aquilo era malandrice para fugir à escala de serviço, ou se a coluna dele estava, de facto, em mau estado.
O que sei é que ele, depois de sair da Marinha, fartou-se de trabalhar, andou pela emigração e se não fosse a crise da construção civil que abalou Portugal inteiro, ainda hoje era capaz de estar a trabalhar. E com os 75 anos feitos ou quase, pois nasceu no primeiro semestre de 1941.
Quando o encontrei, há oito anos atrás, disse-me que tinha um tumor maligno na próstata e que o médico lhe tinha dado dois anos de vida, uma vez que não era possível ser operado. Daí para cá, cada vez que nos encontrávamos riamos-nos um pouco por causa dessa previsão falhada do médico. Duas ou três vezes por ano, eu telefonava-lhe para saber como iam as coisas evoluindo. Mal ligava o número do telemóvel dele começava a ouvir uma música que se me tornou familiar de tantas vezes a ouvir.
Por causa do convívio que estou a organizar em Vila Real, liguei-lhe ontem e hoje repeti a operação por duas ou três vezes e ... música de grilo! Aparece-me a voz da operadora da Vodafone a dizer que o número não está disponível. Só espero que a razão para tal não seja aquela que estou a pensar, ou seja, que finalmente o vaticínio do tal médico se tenha cumprido!

quarta-feira, 6 de abril de 2016

O Padre e os acólitos!


Houve alguém que, há dias, me perguntou pelo Padre (16790). Infelizmente não soube responder, pois nem sei se ele ainda vive ou já morreu. A última vez que tive notícias dele foi através do Jordão que me contou que ele foi operado ao coração e andava um bocado aflito.
Nesta foto podem vê-lo sentado (à direita) ao lado do Manuel Gonçalves. Por curiosidade quase todos os que aparecem esta imagem são do grupo que não frequenta os nossos convívios. São excepção, o Gonçalves e o Perua que apareceram 2 e 1 vez, respectivamente. E o único que tem uma desculpa aceitável é o Agostinho (em pé, à esquerda), pois já não era deste mundo quando comecei a organizá-los.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

O Carlos Alberto!

Carlos Alberto Borges da Costa
Nº de Matrícula da Armada (NMA) - 3306.53
Falecido em 2016 (????)
Ao abrir a Revista da Armada deste mês de Abril, li com a maior surpresa o nome deste nosso camarada da CF2 que eu já tinha anotado como falecido, há muitos anos, na minha «Lista da CF2». Não faço a menor ideia de quem me passou essa informação, mas já é a segunda vez que me acontece, a outra foi com o nosso Imediato, Ilharco de Moura, por quem andámos a rezar pela alma e afinal vive e com saúde, em Algés.
Desta vez não pode haver dúvidas, vindo a informação de onde vem e assim continua, como já estava afinal, abatido ao efectivo. Não lhe posso fazer um grande elogio fúnebre, pois não era das pessoas mais queridas da Companhia, embora a mim, que me lembre, não me tenha prejudicado directamente.
Enfim, que Deus lhe perdoe os seus pecados e o tenha em bom lugar!

quarta-feira, 23 de março de 2016

Boa Páscoa!

A todos que por aqui passarem, nesta quadra festiva, desejo uma Santa e Feliz Páscoa!

quinta-feira, 10 de março de 2016

O adeus ao Miguel!


Anteontem, dia 8 de Março, faleceu o Miguel que em 1962 partiu comigo para Moçambique e era meu chefe de esquadra. Até ao dia em que ele partiu para o Quartel de Boane para frequentar o Curso de Treinador de Cães de Guerra, andamos sempre juntos e fizemos uma quantidade enorme de serviços de guarda juntos também. Aquelas guardas à fuzileiro, duas horas de sentinela seguidas de duas horas de guarda-costas, em que se passava tanto tempo juntos que não havia coisa de que se não falasse ou segredo que resistisse a tanta hora de convivência.
A 2ª Secção do 2º Pelotão da Companhia de Fuzileiros Nº 2 era chefiada pelo Cabo Manuel Matias (conhecido pela alcunha de "O Comprido") e tinha como chefes de esquadra o Piaça e o Miguel. Tanto quanto me é dado saber, o Matias e o Piaça ainda por cá andam, o Miguel foi a primeira baixa no comando da nossa Secção.
Nos últimos tempos da comissão deixámos de conviver um com o outro, ele ocupado com o treino dos cães e eu no Niassa a contas com os "turras" da Frelimo. Em Março de 1965, parti eu a bordo do Inhante D. Henrique para Lisboa, tendo ficado o Miguel destacado na CF6 (a Companhia do Patrício), até perto do Natal desse mesmo ano, para transmitir os conhecimentos adquiridos no treino dos Cães de Guerra. Uma longa comissão que ultrapassou os três anos. Depois disso só nos voltamos a ver nos convívios que venho organizando desde 2008.
Um rapaz às direitas, o Miguel! Que descanse em paz, até ao dia em que nos reencontraremos de novo, lá em cima!

sexta-feira, 4 de março de 2016

Mais uma do João de Deus!


É ele que está agarrado à bola. À sua direita o Peniche (Fragata) e à sua esquerda o outro Peniche (Artilheiro). Por trás dele o Gonçalves (16737) com um dos artilheiros mais antigos à sua esquerda (diria que é o Mourão, mas também pode ser o Pereira, não os distingo lá muito bem).
Esta foi uma das poucas fotos onde apanhei o Fragata, aquele malandro que vive na costa oeste do Canadá e que nunca mais deu notícias, desde o convívio de 2012. Ele tinha um grande plano para abrir uma empresa de distribuição de bacalhau curado na China (?), na sua terra natal, mas parece que a coisa não deu certo. A empresa ainda abriu, na Repartição de Finanças de Peniche, mas foi-se embora no dia seguinte e nunca mais por lá apareceu. O Domingos era assim, se se chamasse Segunda-Feira seria muito pior, com certeza.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Deus é o seu nome!

O tempo passa a correr e não imaginava que já tivessem passado 13 dias desde a última vez que aqui estive. Nessa altura fui chamado para tirar umas dúvidas ao Manel Maria que não encontrava o caminho deste blog. Hoje fui, de novo, atraído a este lugar por alguém que veio contar-me que o nosso camarada Enteiriço tinha partido deste mundo. Quando me perguntou - sabes quem morreu - fiquei à espera de mais más notícias, mas felizmente tratava-se de um caso já aqui reportado.
Depois de ultrapassado esse primeiro ponto da nossa conversa, falou-se dos nossos respectivos aniversários que estão aí à porta.
Se lá chegar, disse ele, são 57 (escritos ao contrário, é claro) que cá cantam! E lembrei-me então, que este camarada, alentejano de boa cepa, embora da mesma idade que eles, parecia um menino entre os seus camaradas de recruta, ou dito de outra maneira, parecia um voluntário na caserna dos recrutados. Vou mostrar-vos uma fotografia para verem como eu tenho razão.

Aqui está ele, Pintado para os amigos, junto do distintivo dos fuzileiros feito sobre uma placa de cimento pelos pedreiros e trolhas que deram os retoques finais no nosso quartel da Estação Radionaval da Machava.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Corrigindo erros antigos!


A «Marcha do Tempo»!

No antigo blog da CF2 (cujo link podem encontrar na coluna da direita deste blog) foram publicadas todas as fotografias que eu consegui arranjar, onde eu combinei a cara de antigamente com a cara de hoje, de todos os meus camaradas da Companhia de Fuzileiros Nº 2. A etiqueta sob a qual estão escondidas chama-se «Contrastes» ou « Marcha do Tempo».


Um desses camaradas, o Marcolino, contactou-me dizendo que as não consegue visualizar. Pode ser que me decida a publicá-las todas de novo neste blog, uma vez que o antigo, além de avariado, já está mais que esquecido. Por agora deixo aqui a do queixoso e vou convidá-lo a ler esta publicação, pois ele anda mais virado para o Facebook.
N.B. - Aproveito para pedir desculpa pelo erro no nome, onde devia aparecer Maria e não Matias, mas quis publicá-lo de novo tal e qual como o foi da primeira vez.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Mais um que partiu!


Cabe-me, hoje, o triste dever de vos participar o falecimento do nosso camarada e amigo Manuel Enteiriço. Internado desde meados de Dezembro, na sequência de um AVC, contraiu uma infecção hospitalar que conduziu a este triste desfecho.
Com o número de matrícula da Armada 17007 fez comigo a recruta na Escola de Fuzileiros, na Primavera de 1962, e acompanhou-me depois nas duas comissões que fiz em Moçambique. De 1962 a 1965 na Companhia 2 e de 1965 a 1968 na Companhia 8. Passamos um ano juntos, na Base Naval de Metangula, o que estreitou muito as nossas relações de amizade. O Enteiriço tinha lá um pequeno estúdio de fotografia e, por falta de melhor entretimento, passei muitas horas com ele fazendo de seu ajudante.
Estranhei não ter respondido ao meu convite do ano passado para o habitual convívio anual que realizámos em Fátima e agora não poderá fazer-nos companhia, nunca mais. Um dia voltaremos a encontrar-nos todos, lá em cima.
Deus lhe dê o descanso eterno!
As minhas sentidas condolências à família enlutada!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Actualização!

Já vivemos o 11º dia do novo ano de 2016 e não poderia deixar este blog às moscas por mais tempo. Sem outro assunto de maior interesse, vou deixar aqui uma fotografia dos velhos tempos.
Já pouca gente se lembrará da »farda de alumínio» que era a única que um recruta, antes de jurar bandeira, tinha o direito de usar. Era feita de cotim cinzento, o mesmo que servia para as fardas da GNR e da Guarda Fiscal, além das do Exército, é claro.
Como parti para o Ultramar, pouco tempo depois de jurar bandeira e lá não se usava esta farda, depressa lhe perdi o rasto. Mesmo puxando muito pela cachimónia não me lembro se as entregamos no Depósito de Fardamento, quando recebemos as novas fardas que levamos para Africa, ou que destino lhe demos.
Também acredito que ninguém se vai preocupar com essa minha falta de memória, passados que são quase 54 anos desde então.