terça-feira, 29 de abril de 2014

Últimos filhos da escola!

Quase na recta final para ter neste blog todas as fotos (que consegui reunir) do pessoal da CF2, começo com o repescado Galveias de quem me tinha, lamentavelmente, esquecido. A razão para o meu esquecimento prende-se com o facto de eu ter seguido uma lógica de graduação/antiguidade, começando com os Sargentos, continuando depois com os Cabos e Marinheiros e passando por cima do Galveias que, sendo da Taifa, escapava um pouco a este conceito.


Não vos sei contar muito sobre o Despenseiro da nossa Companhia. Quando reuni, pela primeira vez, os meus camaradas, no ano de 2008, ele era já falecido. Em Moçambique, por razões que têm a ver com a idade, com o posto e a diferente missão de cada um de nós, nunca convivemos um com o outro. Às 06.30 horas, todos os dias, seguia ele para o Mercado de Lourenço Marques para providenciar aquilo com que eram confeccionadas as refeições dos oficiais e sargentos da CF2. O toque de Alvorada para nós era apenas às 07.00 horas e já ele ia longe quando abríamos os olhos.
Uma vez reparada a minha falta relativa ao esquecimento deste camarada, é agora a altura de publicar as fotos dos últimos 5 filhos da minha escola que compunham a nossa Companhia, a primeira a pisar terras de Moçambique por conta da Guerra Colonial que não tinha ainda deflagrado, mas que se adivinhava próxima.






Supostamente serão todos da região de Lisboa e Vale do Tejo, mas não tenho a certeza absoluta. O Trincão, entre nós conhecido pela alcunha de Conquistador, é o que me é mais próximo, porque repetiu a comissão comigo na CF8. Era da Golegâ, compareceu ao nosso primeiro convívio já numa cadeira de rodas e faleceu pouco tempo depois. O Raimundo era de Tomar e o Faria era de Xabregas/Lisboa, o que lhe garantiu a alcunha de Xabregas para toda a vida.
Do Cabral e do Vieira pouco vos sei dizer. Acho que o primeiro era empregado na Indústria Hoteleira, em Lisboa, e depois seguiu a carreira da Marinha ficando a morar na margem esquerda do Tejo até à hora em que a morte decidiu levá-lo para a outra banda.
O Vieira era electricista e a ele ficamos a dever uma parte da instalação eléctrica das nossas instalações na Machava que estavam ainda por acabar quando ele lá chegou. Depois da comissão saiu da Marinha e aplicou-se aos estudos conseguindo um canudo de engenheiro na sua especialidade. Desenvolveu a maior parte da sua actividade profissional na Alemanha e quando regressou a Portugal deixou lá um filho, já com um canudo de engenheiro igual ao do pai, a ocupar o seu posto. A última vez que tive notícias dele era o engenheiro responsável pelas redes eléctricas do aeroporto de Frankfurt.
E tendo-vos contado tudo o que sei, mais não posso acrescentar!

2 comentários:

  1. E já nos contas bastante, apesar de não ter pertencido à CF2, só conheci o Trincão, por ter feito parte da CF8, mas gosto de saber notícias dos filhos da escola!
    Para todos vai o meu abraço.

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  2. Contastes tudo que sabias,
    Mais não podes acrescentar
    Se fizestes o que devias
    Tens direito a um bom jantar!

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