Dono de um físico impressionante o Lousa gostava de defender os mais fracos. Uma vez, não me lembro a propósito de quê, ele veio ter comigo e disse-me: - se ele te bater avisa-me que eu dou-lhe cabo dos cornos!
Estamos em maré de Natal e, como é própria desta época festiva, trocam-se telefonemas entre os amigos que ainda se vão lembrando de nós. Há poucos minutos, ligou-me o Xabregas e depois dos cumprimentos da praxe e dos votos de Boas Festas, fui-lhe perguntando o que sabia dos camaradas mais velhos, alguns dos quais já passaram pelo 84º aniversário, e contou-me ele que o Manel Lousa já não é deste mundo. Como é costume dizer-se, foi na vez dele e deixou-nos para trás!
A bem dizer, eu só convivi com este camarada, quando fomos para Metangula, em Setembro de 1964, até aí não me lembro de nada que nos ligasse. Houve tempos em que ele, depois de ter tirado a carta de condução, fez alguns serviços como condutor, lembro-me dele num jeep a levar a Guarda aos postos mais afastados, como, por exemplo, as Transmissões, para além disso ... nada!
De qualquer modo, cumpre-me o dever de dar esta notícia aos restantes membros da nossa Companhia que vão resistindo e já não são muitos!
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