terça-feira, 11 de novembro de 2014

Capacidade de construção da CF2!


Na Estação Radionaval da Machava havia um sargento, um gigante com um corpanzil de respeito, que era o responsável pelos transportes e pelas viaturas, a começar pelo autocarro das licenças que todos os dias nos levava até à baixa de Lourenço Marques para um pouco de convivência com os civis. A ele, como responsável por esse autocarro, doí-lhe que a única protecção contra o cacimbo da noite fosse a frondosa copa de um cajueiro debaixo do qual ficava estacionado.
Por essa razão batalhou muito com o oficial responsável pela Estação e com o Comandante da nossa Companhia para os forçar a convencer o Comando Naval a destinar uma verba suficiente para construir uma garagem e oficina de apoio às viaturas da Unidade. Depois de muita insistência lá apareceu a verba necessária para comprar o ferro e o cimento, a areia veio da praia, na zona da Costa do Sol, e a mão de obra foi recrutada entre o pessoal da CF2.
Na imagem acima vê-se em primeiro plano o edifício já com as paredes levantadas quase até à altura do telhado. Muitas horas trabalhou esta praça, como ajudante de pedreiro, para a conclusão dessa obra que ficou ao serviço dos que vieram a seguir a nós. É assim a vida, os primeiros são sempre os mais sacrificados.
Puxando um pouco pela cachimónia, lembro-me que naquelas 3 portas que se vêem no Edifício do Comando funcionava o Gabinete do Sargento-Dia, à esquerda, a Cabina Telefónica, ao meio, mas não me lembro do que havia na porta da direita. Alguém se lembra?

6 comentários:

  1. Refeitório dos sargs, comandante Tintas.

    Boas a V. Senhoria
    cá do
    Leiria

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  2. Lá vergaste a mola,
    como exemplar cidadão
    cumpriste o teu dever
    como ajudante de trolha
    prestaste bom serviço à Nação
    menos horas tiveste de lazer
    foste patrão duma barcaça
    isso foi em Metangula
    recordas agora o Lago Niassa
    com saudades da sua belezura!

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  3. O edifício destinado à garagem foi certamente construído durante a permanência da companhia FZ 8, pois não me lembro da sua existência.
    Um abraço

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  4. Também não me lembro desta construção durante a comissão da Comp. nº 2. Onde dei o litro foi na construção da piscina.
    Um abraço.

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  5. Ao fim de todos estes anos não posso garantir que não se misturem na minha cabeça as memórias de uma e outra comissões. O intervalo entre elas foi tão curto que quase não conta. Para mim foi Moçambique desde Novembro de 1962 a Fevereiro de 1968! Bons tempos!

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  6. Funcionou também uma cela-prisão no lado esquerdo... lembro-me "do Doping" ser um cliente habitual... da direita?! Não seria as traseiras da enfermaria?!

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