Ao olhar para esta foto vários pensamentos assaltam a minha mente. O primeiro deles tem a ver com o facto de todos estes camaradas da nossa Companhia andarem "muito" desaparecidos.
O Albertino (ao centro da imagem) não tem qualquer culpa no caso, pois a vida abandonou-o há muito tempo e dada se pode fazer quanto a isso.
À esquerda aparece o Bonança que anda perdido nos meandros da sua relativa pouca saúde e mais que provável falta de vontade de se encontrar com o restante pessoal da Companhia. Fui visitá-lo a sua casa, em Gaia, por duas vezes tentando motivá-lo para aparecer num dos nossos convívios, mas até agora isso não aconteceu.
Ao seu lado o minhoto Alves que divide o seu tempo entre o Barreiro, onde tem a família, e Melgaço, onde deixou o coração, sem arranjar tempo para se juntar a nós. Por sorte apanhei-o em 2012, na comemoração dos 50 anos, e depois disso mais nada.
Do lado direito temos o Marlon que durante o nosso Curso de 1º Grau, em 1965, deu de frosques e ninguém mais lhe pôs a vista em cima até hoje. Foi parar ao norte de Espanha, onde arranjou emprego, se casou e lá vive ainda hoje. Para poder estar com ele uns momentos, tive eu que me fazer ao caminho e ir visitá-lo à Galiza.
E ao seu lado o Valter que vai aparecendo regularmente nos nossos convívios, mas vendo-o ali fisicamente parece ter o espírito muito longe do lugar onde nos encontramos e torna-se impossível ter uma conversa com ele sobre o nosso passado comum. Eu e ele vivemos os seis anos e meio de Marinha lado a lado, para onde foi um foi o outro, em todas as circunstâncias. Separámos-nos no fim da comissão da CF8, quando eu regressei a Lisboa e ele decidiu ficar em Lourenço Marques para lá construir o seu futuro.
Tintinaine,é muito bom digo eu...
ResponderEliminarpoderes os velhos tempos recordar
da boa camaradagem, bem a pena valeu
matas as saudades para a foto a olhar.