Pode haver muita gente contra o famigerado «Acordo Ortográfico», mas como este senhor não conheço nenhum. Ele não concordava que lhe viessem assassinar a Língua em que se considerava mestre e propalava-o aos quatro ventos. Era ele e eu. E agora ele morreu e eu fiquei sozinho, sem ninguém que, publicamente, se declare meu aliado e queira lutar contra quem decidiu esta aberração que não tem qualquer sentido.
Já não durarei muito, mas enquanto viver prometo que não me submeterei a esse aborto legal que querem impor aos cerca de 300 milhões de falantes da Língua de Camões, sem que exista sequer 1 milhão que concorde com isso. Mais um pobre exemplo da "democracia à portuguesa". Decidem-se as coisas no segredo dos gabinetes, onde se escondem inconfessáveis interesses económicos, e impõem-se ao Povo (com letra maiúscula que o nosso povo merece) que não gosta delas nem tem poder para as recusar.
Lá diz o ditado que «mais vale quebrar que torcer». Torcer e vergar são sinónimos e a mim ninguém me verga. Pelo menos nisto da Língua Portuguesa!
Tens que ter muita paciência,
ResponderEliminarNão vergas a língua, verga a mola
São os senhores de presidência
Sem inteligência na carola!
Sem saberem conduzir a charrete,
Pegaram das rédeas à toa
No tempo de Almeida Garrett
Não se faziam tantas asneiras em Lisboa.
Estes políticos de meia tijela,
Não ouvem os homens letrados
Se fossem todos atirados pela janela
Não seriam políticos tão chanfrados.
Perdestes o único aliado,
Que no outro mundo descanse em paz
Opositor do acordo ortográfico
De o impedir não foi capaz!
Tintinaine continua a tua luta,
Contra tanta bandalheira
Por ter acabado parte da labuta
Já não há como havia trigo na eira!
Os meus sentidos pêsames à família enlutada
De Vasco Graça Moura, descansa em paz!