terça-feira, 15 de abril de 2014

Malhar em ferro frio!

Quem conhece a arte de ferreiro sabe que não vale a pena malhar em ferro frio, pois ele não estica nem se deixa moldar. A falta de comentários às minhas últimas publicações faz-me sentir um pouco como um ferreiro que não se deu ao trabalho de acender a forja e se queixa que o trabalho não lhe corre bem.
Pois, vou ver como está o meu stock de carvão, buscar a caixa de fósforos e certificar-me que desta vez não há falhas. Ou se as houver, que não sejam da minha responsabilidade.

De uma terra que fica poucos kms a sul do
rio Douro e no litoral português saiu o Magalhães
que depois de ter cumprido o tempo de
Marinha a que era obrigado procurou o seu futuro
em França, de onde regressou apenas
depois de se ter reformado.

De Valongo, terra de padeiros e da regueifa
veio o Salvador que em Metangula foi
o melhor padeiro do mundo. Com o Manel
Enteiriço como ajudante nunca deixou que
o pãozinho fresco nos faltasse à mesa
do pequeno almoço.

Do concelho de Almeida, lá na raia espanhola,
veio o Monteiro com o seu modo característico
de falar que punha em pé o cabelo dos
alentejanos e algarvios da CF2.

Da terra mais fedorenta de Portugal,
por culpa da fábrica do papel, saiu o
Paula que descobriu no Luxemburgo
o seu Eldorado.

Vizinho do Paula era o Bustos, assim conhecido
por ser esse o nome da sua terra e que com
a sua habilidade de mexer na bola foi o
Cristiano Ronaldo da nossa Companhia.

A lista de hoje é curta, mas a culpa não é minha. Como disse na minha mensagem anterior, as inspecções médicas e as admissões na Marinha de Guerra seguiam uma certa norma que não sei explicar, mas que de Aveiro saltaram para o Algarve, fazendo com que o próximo camarada tenha vindo de Lagos e não os quero misturar.

2 comentários:

  1. Tenho notado a falta do Paula nos nossos últimos contactos. Desejo muito que a sua ausência não tenha a ver com saúde.
    Recordo uma situação engraçada (que podia ter sido perigosa) acontecida em Metangula quando ambos, numa noite bem escura, fazíamos uma guarda às nossas instalações. De repente, as galinhas (vivas) que havíamos comprado aos indígenas e recolhêramos dentro um grande caixote, começaram a fazer um enorme alarido, sendo que o Paula, sem me dar tempo de o impedir, nem pensar que podia ser um ataque, partiu em correria desenfreada na defesa dos galinácios . Por sorte nossa eram apenas hienas que estavam a querer roubar os nossos almoços dos dias seguintes.

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  2. Embora não seja a única razão para as suas ausências, é um facto que a sua saúde lhe tem causado alguns percalços. Nos dois ou três últimos anos tem sido um corre-corre para o Hospital da Universidade de Coimbra por causa de (mais um) cancro da próstata que afecta os homens da nossa idade. Sessões de radioterapia e coisas do género têm sido o seu dia-a-dia. Ele mostra-se sempre muito animado e espero que a "malvada" fique longe dele por muito tempo.

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