Estávamos pertinho do Natal, de 1961, quando as tropas indianas invadiram Goa e acabaram com a presença portuguesa que durava há quatro séculos e meio. Houve mortos e feridos, de ambos os lados, e houve prisioneiros também. Prisioneiros que muito se receou que nunca viessem a ser libertados, mas felizmente, alguns meses mais tarde foram repatriados para a Metrópole portuguesa.
Um desses prisioneiros era o FRANCISCO MATILDE EMÍDIO que em Outubro de 1962 foi incorporado da nossa Companhia e seguimos juntos para Moçambique.
Passamos 30 meses juntos na bela Lourenço Marques e perdemos o contacto depois de regressarmos a Lisboa, em Abril de 1965. Voltamos a ver-nos quando comecei a organizar os convívios do pessoal da Companhia. Era uma verdadeira festa cada vez que nos encontrávamos.
Agora que recebeu a guia de marcha para o seu último destacamento, não vou poder voltar a vê-lo, mas fica para sempre uma boa recordação do tempo que passámos juntos. E não tardará muito que todos os camaradas da Companhia estejam de novo juntos na outra dimensão.
Até breve, Emídio, e que Deus te guarde num bom lugar!
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