Em vez de continuar com as fotos do convívio de ontem decidi publicar esta foto que foi tirada no último trimestre do ano de 1964, ou seja, está prestes a completar 50 anos. Estávamos em Metangula e uma secção, comandada pelo Tenente Tavares Costa, foi destacada para se juntar a um pelotão do Exército para fazerem uma operação conjunta, na zona do Cobué.
A razão de eu trazer aqui esta foto é que vários dos que aqui aparecem estiveram ontem em Fátima e participaram na festa (comes e bebes) do D.Nuno. Na fila que está em pé vê-se o Piaça à esquerda e o Silveira e eu próprio à direita. E na fila que está de cócoras vê-se o João Rodeira, em segundo lugar a contar da esquerda.
Por curiosidade, nessa mesma fila pode ver-se o Micróbio - 2º Grumete Voluntário da Escola de Março de 63 (já falecido) e o Marlon, famoso filho da minha escola que desertou da Escola de Fuzileiros durante o Curso de 1º Grau, no verão de 1965, e nunca mais lhe pôs a vista em cima até hoje. Os outros dois dessa fila são o Rodeira, já mencionado, e o Francisco Paixão que este ano não pôde estar presente.
Se calhar eu também lá estava nessa operação, puxa lá pela carola e vê te lembras de um acidente com um Unimog, do Exército que ficou virado do avesso, de "pantanas" ou seja com as quatro rodas viradas para o céu. Algumas imagens desse horrível acidente em que morreu debaixo do Unimog, no dia 23 de Novembro de 1964, o 1º Cabo Manuel Marques Carreiro, natural de Alcafozes-Idanha-a-Nova, estão postadas no blog, Batalhão de Caçadores 598. De uma coisa eu tenho a certeza, essa operação, só pode ter sido organizada por este mesmo Batalhão de Caçadores 598, o único que nessa altura operava nessa zona do distrito do Niassa, a partir de Vila Cabral, onde estava acantonado!
ResponderEliminarO Paixão já esteve em algum dos nossos convívios? É que desde a saída de Moçambique nunca mais o vi.
ResponderEliminarO Paixão tem estado em quase todos os nossos convívios. Infelizmente desta vez tinha um compromisso a que não podia faltar.
ResponderEliminarPois, se calhar estivemos juntos durante uma semana nesse fim do mundo e demoramos 50 anos a descobrir isso.
ResponderEliminarDo acidente com um Unimog não me lembro, mas lembro-me que foi a única vez em andei num desses veículos. Os soldados chamavam-lhe «calças-arregaçadas» e iam a direito pelo meio do mato sem precisar de estrada alguma.
Outra coisa que me lembro foi a primeira refeição que nos serviram quando chegamos. Constava de feijão fradinho com atum, mas estava tudo em papa, como se fosse puré de feijão. Só a fome fazia com que se pusesse a boca naquela papa.
O Unimog era o BURRO DO MATO
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