sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A saga do Marlon!


Se calhar, tudo aquilo que aqui vou escrever já foi escrito no antigo blog da CF2, mas não faz mal nenhum, pois há sempre alguém que passa por cima de metade do que escrevo sem ler realmente o que está escrito.
Quando consegui ter uma lista, minimamente aceitável de todo o pessoal da CF2, não encontrei nenhum Nuno que era o nome por que eu conhecia o Marlon. Lembro-me que a alcunha de Marlon lhe foi posta por causa de uma suposta semelhança com o actor Marlon Brando, mormente no penteado de risca ao lado que ambos usavam, mas entre os amigos era tratado por Nuno e sempre julguei ser esse o seu nome. E como na lista não havia nenhum Nuno tive que virar-me para os números de matrícula e, num esforço de memória, tentar recordar qual era o número que lhe correspondia.


João Manuel Azevedo era o nome que se seguia ao número 16581. Juro que nunca ouvira tal nome. Mas não há dúvida que se tratava dele. Quando me reuni com ele na Galiza, ao fim de todos estes anos, perguntei-lhe de onde vinha o "Nuno" e nem ele me soube responder. Por pirraça ou por engano alguém lhe chamou Nuno uma vez, alguém ouviu e achou graça e foi-o repetindo até que pegou tal e qual como uma estaca de macieira em dias de inverno.
Para mim era o Nuno e vai continuar assim para sempre.
Pois, o Nuno quando desapareceu da Escola de Fuzileiros, no verão de 65, ninguém fazia a mínima ideia do que lhe tinha acontecido. Não houve um amigo mais chegado a quem ele tivesse confidenciado o que planeava fazer. Uns achavam que ele tinha dado o salto para França, outros para a Alemanha ou para os Estados Unidos ajudado por algum passador a troco de uns cobres. Aventou-se a hipótese de se ter escondido a bordo de um navio mercante e ter partido à aventura. Mas houve também quem aceitasse que o tivessem matado, envolvido sabe Deus em que rixa na noite lisboeta, e jogado nas águas turvas do rio Tejo.
É assim a porca desta vida, quando não se sabe o que aconteceu, inventa cada um o que lhe apetece. E afinal a coisa foi muito mais simples do que possa parecer. Oriundo do interior de Portugal, concelho de Vila Nova de Fozcoa, em três tempos se pôs em Chaves e num abrir e fechar de olhos estava na Galiza. Homem rude e habituado ao trabalho, ele estava certo que encontraria um emprego que lhe permitisse sustentar-se. E assim foi, o seu primeiro emprego foi também o último, nunca mais o largou.
Empregou-se numa serração de madeira e o dono da fábrica gostou dele. Gostou tanto que o deixou casar-se com a sua única filha. E com o decorrer do tempo e a morte do sogro, o Nuno, além da filha do madeireiro, herdou também o negócio de que passou a ser o único dono. Em frente à serração, do outro lado da estrada, construiu uma bruta moradia, onde planeava passar o resto dos seus dias. Mas, tal como diz o ditado, o homem põe e Deus dispõe. A sua única filha, nascida desse casamento, foi estudar, formou-se em medicina e teve que ir trabalhar para longe de casa. Para cúmulo da desgraça, a sua mulher faleceu deixando-o sozinho na tal mansão que tinha construído para toda a família.
E eis que o Nuno se vê obrigado a procurar outra companheira que encontrou na cidade ali perto e para lá se mudou de armas e bagagens. Mulher já de uma certa idade e com netos crescidos que o Nuno trata como seus, é quem prende o nosso camarada fuzileiro às terras galegas e não acredito que haja no mundo alguma coisa que o faça regressar à terra onde apenas viveu os primeiros vinte anos da sua vida.

A propósito do próximo convívio!


No próximo dia 19 de Setembro vamos ter a companhia do Lisboa que aqui vêem todo sorridente, à esquerda, na imagem, pois já me confirmou isso mesmo.
Infelizmente, não acontecerá o mesmo com o Rodrigues, aquele que se segue na imagem, pois há muito que passou para o outro lado da vida.
O Guilherme (Ruço) vai esforçar-se por comparecer, muito embora os problemas de saúde da sua cara-metade o deixem bastante condicionado. Mas vamos pensar positivo e esperar que não surjam problemas que o impeçam de estar connosco nesse dia.
Um caso perdido é o Marlon, último deste grupo de quatro, pois desde Junho de 1965, quando desertou da Escola de Fuzileiros, ninguém mais lhe pôs a vista em cima. Já o tentei convencer a deixar a Galiza por uns dias, vir até cá visitar a família e aproveitar para estar connosco durante o convívio. Mas não o consigo convencer, o corte que ele fez com o nosso país parece definitivo. Que se há-de fazer?

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Fica melhor assim?

O Leiria disse que o azul do fundo deste blog lhe feria a vista e que ficava com os olhos trocados depois de ler uma mensagem com uma dúzia de linhas. Hoje liguei o meu computador de secretária, para imprimir as cartas que já enviei a todos os camaradas por causa do convívio, e também fiquei de olhos em bico quando entrei neste blog. O ganho do monitor que tenho lá instalado é muito diferente dum PC e a cor azul forte do fundo entrou-me pelos olhos adentro. Mesmo diminuindo a luminosidade e o contraste a coisa ainda fica forte demais.
Assim sendo, decidi mudar. Tentei uma série de combinações, mas cada uma parece pior que a outra e acabei por não saber o que fazer. Que vos parece esta esverdeada? Se não gostarem é só dizer. Amanhã dou-vos outra. Só não me peçam para pôr isto cor de rosa, pois não estou virado para esse lado!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Carta - Convite!

Como também sou daqueles que nunca desistem, cá estou eu, mais uma vez, a dar o corpo ao manifesto para levar a efeito a organização de mais um dos nossos convívios anuais.

A escolha do local, este ano, recaíu no Hotel Restaurante Casa S.Nuno que fica mesmo ao pé do Santuário de Nossa Senhora de Fátima. A data que melhor se adapta ao interesse da maioria e foi, por conseguinte, a escolhida é o dia 19 de Setembro, um sábado.

A ementa consta das habituais “entradas”, seguidas do almoço propriamente dito, em que os pratos escolhidos foram Sopa de Legumes, Bacalhau e Lombo de porco com molho de castanhas e terminará com uma mesa de frutas e bolos, mais o Bolo de Aniversário, ao fim da tarde. E as bebidas, com e sem álcool, não faltarão, como de costume.

O preço volta aos habituais 27.50€ para adultos e 12.50€ para crianças. Bem tentei manter o preço do ano passado, mas foi impossível. A crise e o maldito IVA a 23% continuam a ser a grande razão alegada pelos industriais da restauração.

Embora sabendo que há sempre uma meia dúzia que não consigo convenver, mais uma vez repito o pedido para que façam o pagamento por transferência via “Multibanco” (para o NIB 0018.0234.00200028632.23) para me evitar o trabalho de andar armado em cobrador no dia da festa. Peço encarecidamente que compreendam e atendam este meu pedido. Para aqueles que não usam este meio de pagamento, podem remeter um cheque ou vale postal para a minha morada e em nome da minha mulher (Maria Emília Silva), pois é a conta com menos movimentos e mais fácil de conferir.

O ponto de encontro será em Fátima, junto à estátua do Papa. E pelas 10.30 horas haverá missa na Igreja da Santíssima Trindade para os interessados.

O almoço terá início às 12.30 horas e o lanche com o Bolo de Aniversário às 17.30 horas.

E como toda a gente sabe onde fica o Santuário de Fátima, este ano estou dispensado das costumeiras explicações para vos guiar até lá.

Importante : Confirmar até domingo, dia 6 de Setembro. E transferências bancárias só até ao dia 11 de Setembro.

Abraço

sábado, 1 de agosto de 2015

O tempo apaga tudo!

Isto dos blogs já deu o que tinha a dar. Pelo menos assim parece. Aparece por aqui pouca gente comparado com o movimento que se regista para os lados do Facebook. E deveria ser o contrário, pois um blog é uma espécie de diário onde tudo que se escreve fica registado e pode ser consultado a qualquer momento. Para além do facto de haver blogs que se dedicam a um tema específico, como é o caso deste que é dedicado, em exclusivo, à Companhia de Fuzileiros Nº 2 (1ª versão) que rumou a Moçambique no último trimestre de 1962 e regressou 30 meses depois sem mortos ou feridos a registar.
Ao contrário, o Facebook é uma espécie de contentor do lixo, onde se despeja tudo e tudo fica velho e desactualizado no dia seguinte. Para além do aviso dos aniversários de amigos e familiares não lhe encontro outra utilidade.
Vem isto a propósito da morte do nosso camarada Luís Vieira que não suscitou mais que dois comentários e um deles nem sequer é de um camarada da Briosa ou da nossa Companhia, mas sim de um amigo que me vem acompanhando nestas lides, desde há alguns anos, e cuja companhia muito aprecio.